13 dezembro 2013

A Bela e a Fera: Caps. 30 e 31


POV- Lua
Não sabia se ia atrás dele, se brigava com ele, se o beijava novamente. No final, acabei decidindo que não havia muito que fazer, além de ir atrás dele e exigir uma explicação e, quem sabe, terá sorte de ser beijada novamente pelo meu ex-namorado.
“Arthur, você me deve explicações.” Eu disse, quando finalmente encontrei-o perto de um dos bares da festa.
“Lua!” Ele disse surpreso.
“Olha, você não pode simplesmente beijar alguém e desaparecer.” Eu disse.
“Lua para você me perdoar e para ter você por perto eu faço qualquer coisa.” Ele respondeu.
“Arthur...” Comecei, mas não sabia como continuar.
“Lua, eu já pedi desculpas, já disse toda a verdade. Não sei mais o que fazer para provar que eu ainda amo você.” Ele me disse.
“Eu não consigo confiar em você.” Expliquei e sai dali.
A lembrança do Arthur ter mentido para mim era o suficiente para acabar com qualquer vontade de beijá-lo.
DIAS DEPOIS.......
Meu celular começou a tocar durante a aula. Decidi não atender, mas como a ligação era insistente e de um numero desconhecido me preocupei.
Assim que a aula acabou corri para retornar a ligação. Assim que atenderam eu disse:
“Oi, boa tarde, me ligaram várias vezes desse numero...”
“Ah Lua, que bom que você atendeu.”
“Quem é?” Perguntei, sem reconhecer a voz da pessoa.
“Eu sou o primo do Art...” Ele começou a dizer, mas eu interrompi ele.
“Olha, se você está ligando para me convencer de desculpar ele esquece ok?” Eu pedi.
“Não. Eu preciso de um favor seu. Eu sei que você tem a chave do AP dele. O Arthur está com câncer de novo, mas não quer fazer quimioterapia. Ele não responde o celular a horas. Nem o telefone de casa. O porteiro me assegurou que ele não saiu de casa. Ou seja, acho que ele pode não estar bem, por isso preciso da chave emprestada.” Ele disse, jogando essa ENORME bomba em mim.
“Claro, pode pegar. Aonde você está?” Perguntei.
“Eu estou em São Paulo, mas vou pegar um avião e chego em duas horas.” Ele respondeu.
“Duas horas? Se o Arthur estiver passando mal você não chegará a tempo.” Eu disse.
“Bem, eu sou o membro da família que está mais perto dele, e o Arthur detestaria que alguém que não conhece-o de verdade descobrisse que ele está com câncer.” O primo do Arthur explicou.
“Verdade...” Eu disse. “Ok, me liga quando chegar e eu entrego as chaves para você.”
“Obrigada Lua. Muito obrigada mesmo.” Ele respondeu.
Com isso desligamos o celular.
Olhei para o meu relógio, alguns minutos depois. O tic-tac que ele fazia estava me deixando angustiada. Após muito pensar, olhei para o Micael, que estava sentado ao meu lado na cantina e pedi:
“Mica, me dá uma carona para o apartamento do Arthur?”
“Claro.” Ele disse.
No caminho, Micael tentou fazer algumas piadinhas, mas percebendo minha tenção calou-se.
Assim que cheguei no prédio o porteiro me permitiu subir. Entrei correndo pelo elevador, com o Micael atrás de mim, sem compreender nada.
Quando bati na porta e não obtive resposta senti meu coração acelerar... Quando abri a porta finalmente descobri que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o que eu vi foi....

Cap. 31 (Penúltimo)
POV- Lua
Quando abri a porta finalmente descobri que eu tinha todas as razões do mundo para ficar com medo, afinal, o que eu vi foi o apartamento destruído, cheio de coisas quebradas.
Eu e Micael nos olhamos preocupados.
“O Arthur, temos que achar ele.” Eu disse para meu amigo, com isso, saímos a procura dele pelo enorme apartamento de luxo.
Achei-o em seu escritório, desacordado no chão, ao lado de uma caixa de remédios e uma foto que trouxe lágrimas aos meus olhos.
A foto fora tirada dois dias antes do fim do nosso namoro. Eu vira ela apenas uma vez, essa fora a vez que nós tiramos ela.
Sentei-me ao lado de Arthur, vi se ainda estava vivo, escutando os seus batimentos.
“Micael, chama uma ambulância!” Gritei com todas as minhas forças.
“Arthur, por favor, acorda. Você não pode me deixar sem que eu conte a verdade para você. Sem que eu beije você novamente, ouça sua voz, durma de conchinha novamente...” Eu disse entre lágrimas.
Sacudia-o, chorava, gritava, mas não deixava o lado dele.
Mandei uma mensagem para o primo dele, explicando que eu já estava no apartamento, mas que estávamos esperando uma ambulância.
Minutos, que mais pareciam horas, passaram-se, mas finalmente a ambulância chegou. Obviamente eu fui para o hospital junto, com o coração na boca e fiquei lá por um bom tempo a espera de noticias.
O médico, com sua cara de mosca morta, estava saindo do quarto quando eu vi-o.
“Dr, como está o Arthur?” Perguntei, assim que ele passou por mim.
“O Sr Aguiar está bem. Ele teve um desmaio por falta de comida, aparentemente ele estava sem comer à muitas horas. Mas o que me preocupa é o câncer dele. Lua, o meu paciente deseja falar com você, mas vá rápido, pois dopamos ele para poupá-lo e logo ele adormecerá.” Ele me respondeu, para o meu desespero.
Não demoraram muitas horas para o primo dele chegar, com a noticia de que a família ia forçá-lo a fazer o tratamento.
Fiquei com pena dele, mas principalmente apavorada, já que o Arthur, ao acordar, pediu para falar comigo.
“Oi Arthur, como está?” Perguntei ao entrar no quarto da UTI, onde ele encontrava-se.
“Lua, não vou falar muito. Quero apenas que você faça uma coisa, vá até meu apartamento, pegue meu laptop e abra o arquivo LUA, leia a carta que está dentro dele.” Ele pediu.
“Arthur, como assim?” Perguntei, sem entender, mas não obtive resposta, já que Arthur adormecera por conta dos remédios.
Sai dali e fui direto para o apartamento dele. Eu precisava ler aquela carta.

Créditos: Amanda

O que estão achando? Ai, ai, penúltimo cap. dessa temporada. Mas calmem, eu vou postar a 2ª pra vocês, porque é linda!! ;)

Um comentário:

  1. Quase morri quando li que era o penúltimo capítulo hahaha mas graças á Deus tem a segunda ! Tomara que essa carta e o Thur no hospital faça a Lua voltar atrás e correr para os braços dele novamente ! Super anciosa ♥♥

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