14 novembro 2013

A Bela e a Fera: Cap. 5 e 6


POV- Arthur
Quando a Lua disse que iria à festa com o Rodrigo meu sangue ferveu. O cara era um canalha, excelente pessoa para ter status, mas um canalha. Ele só saia com as meninas que desejava usar numa noite e esquecer no outro.
Eu não queria que o canalha usasse a menina. Ela era chata, mas entendia o que ele via nela: um corpão, uma virgem, uma diversão e motivo para humilhar no dia seguinte. Decidi que não permitiria que ela fosse à festa com ele.
“Lua, você não é virgem né?!” Perguntei, ainda rindo.
“Não.” Respondeu, sem graça.... Mentindo, imagino eu.
“Ah então nós podemos falar de sexo na boa, que você sabe me responder tudo né?” Propus.
“Eu saberia, mas não significaria que eu desejaria responder.” Ela respondeu, sabiamente.
“Ok, vamos fazer um acordo. Se você realmente souber me responder tudo, eu darei algo a você, mas se você errar terá que fazer algo em troca para mim.” Propus.
“Arthur, porque eu aceitaria?”. Ela perguntou.
“Por que você não vai querer dar o braço a torcer na sua mentira.” Respondi. “E lembre-se, você ainda ganha o direito de ganhar o que desejar de mim. Ah, e não esquece que minha mãe mandou você me entreter.” Falei, malignamente.
“Ok, o que eu preciso responder?” Ela perguntou, após um tempo de silêncio.
“Quanto tempo dura uma ejaculação?” Perguntei, sorrindo.
“Ah, de cinco a quinze minutos.” Ela respondeu, depois de muito pensar.
Essa pergunta foi relativamente fácil. Fui perguntando várias coisas, que ela dava respostas evasivas. Até que perguntei:
“Qual a consistência do gozo?”
Ela não respondeu. Depois de muito pensar falou: “Ah Arthur, não sei dizer exatamente como é.”
“Lua, ta na cara que você é virgem. Na boa, não vai à festa. O Rodrigo só quer saber de dormir com você. E eu não quero ter que ouvir você chorando por ele nos próximos dias.” Falei.
“Arthur, não lhe interessa se eu sou virgem ou não ok?! E eu vou na festa. Me pedir para não ir está fora de cogitação. Então escolhe outra coisa para eu fazer, já que perdi nossa aposta. Ah e outra, eu não ficaria chorando aqui por nada nesse mundo.” Ela falou furiosa.
Sem querer, falei alto:
“Então me beija, e amanhã me diga qual o melhor beijo, o meu ou o do Rodrigo.
Cap. 6
POV- Arthur
“Então me beija, e amanhã me diga qual o melhor beijo, o meu ou o do Rodrigo.”
Lua ficou encarando-me, ela parecia que não acreditava em mim, mas por fim falou:
“É isso mesmo que você deseja?”
“Lua, o que mais eu poderia pedir? Dinheiro não poderia, um presente bom você não teria como me dar,além disso, um beijo seu ainda deve ser ainda melhor que nada...” Falei.
Lua olhou-me furiosa.
“Ah, além disso, eu sei que você era louca para beijar-me, então o beijo será uma espécie de presente. Desse jeito você descobre como é beijar um...” Antes que eu pudesse acabar a frase. Lua surpreendeu-me.
Ela beijou-me, inicialmente foi um beijo lento, mas eu devo confessar que sentia tanta falta de beijar alguém que puxei-a para mais perto de mim, puxando-a pela cintura e obrigando-a a sentar em minha cama. Ela beijava surpreendentemente bem.
POV- Lua
Enfureci-me com o comentário do Arthur. Ele não apenas queria estragar minha noite com o Rodrigo, como tentara humilhar-me ao dizer que eu não tinha algo de bom para dar à ele, que nem mesmo um beijo seria um presente verdadeiramente digno.
Quando dei por mim eu beijei-o. Era estranho, mas parecia que eu jamais beijara com tanta falta de pudor. Eu senti um tanto suja ao tomar aquela atitude vulgar, mas foi ao mesmo tempo excitante.
Quando afastei-me do Arthur, mesmo desejando que aquele beijo jamais acabasse, virei para ele e disse:
“Não serei eu que ficarei pensando nesse beijo, será você Sr. Aguiar.”
Peguei minha bolsa e sai daquela mansão em direção à casa da minha amiga. Eu me arrumaria com ela, depois o Rodrigo nos buscaria e nós iríamos para a festa.
POV- Arthur
Quando o beijo acabou, Lua saiu da minha casa. Em seguida, entrou uma enfermeira, que me ajudou a sair da cama e ir ao banheiro, onde tomei um demorado banho.
Durante o banho fiquei pensando em minha acompanhante, mais especificamente no nosso beijo. Ela era doce, mas determinada, e seu beijo refletia exatamente o que ela era.
Passei a noite pensando o que ocorreria na festa daquele dia. Eu fiquei a questionar-me se iria haver muita gente na festa, quem estaria lá, se Lua cairia na lábia habilidosa do Rodrigo, se ele humilharia ela....
Na manhã seguinte, descobri que minha acompanhante não viria me visitar, isso porque era feriado. Passei o dia com um enorme mau humor, e esse humor apenas piorou com a noticia que eu teria que fazer alguns exames cansativos naquele dia.
Desde o momento que Lua começara a trabalhar para minha mãe, ela sempre me acompanhava na hora dos exames, me distraindo com suas conversas completamente chatas e irritantes.
Quando chegou a segunda feira, Lua apareceu no período da tarde. Logo que ela entrou eu perguntei:
“Eai, pensou muito em mim?”
“Obvio que não. Tive uma noite incrível no sábado e nos dias que sucederam-no estive ocupada com outras coisas.” Ela respondeu rapidamente. “E você conseguiu dormir após o nosso beijo?”
“Tive alguns pesadelos.” Impliquei.
Em seguida, fomos interrompidos pela medica que fora me visitar naquela tarde chuvosa. Aparentemente a mulher desejava me dar uma importante noticia. Quanto ao que ocorrera na festa da Lua, eu teria que esperar para descobrir.

Créditos: Amanda
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